Mesmo sabendo das consequências algumas pessoas continuam agredindo o ambiente.
Em uma de minhas caminhadas me deparei com as imagens abaixo:
Margem do Rio Paraíba do Sul:
Fiquei muito entristecida, pois é difícil caminhar olhando uma paisagem tão devastadora às margens de um rio tão importante. Neste local, onde deveriam existir muitas árvores observo um solo arado para receber a braquiaria, espécie de gramínea altamente prejudicial ao solo, uma encosta queimada por alguém que gosta de ver o cinza ao invés do verde, sentir cheiro de fumaça ao invés do ar puro de uma brisa fresca patrocinada por sombras de árvores, ouvir o silêncio mortal da ausência de vida ao invés de ouvir o canto dos pássaros alegres em um ambiente equilibrado.
E o mais irônico foi me deparar com uma placa neste cenário desolador que dizia o seguinte:
Proibido caçar e pescar.
Proprieade particular!
Irônico porque os rios e suas margens não são propriedade particular. São áreas de preservação permanente (APP) - Lei 4.771/65. A água é direito de todos e suas margens devem ser preservadas para protegê-la.
É dessa forma que se estabelecem as diferenças sociais. O "poder" dá direito a alguns em explorar sem punição e a humildade faz com que outros vivam sem direito até no que é protegido por lei.
Precisamos de fiscalização mais intensa e rigorosa, e mais uma vez caímos na questão de uma administração pública séria, consciente e participativa.