terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Mesmo sabendo das consequências algumas pessoas continuam agredindo o ambiente.
Em uma de minhas caminhadas me deparei com as imagens abaixo:

Margem do Rio Paraíba do Sul:





Fiquei muito entristecida, pois é difícil caminhar olhando uma paisagem tão devastadora às margens de um rio tão importante. Neste local, onde deveriam existir muitas árvores observo um solo arado para receber a braquiaria, espécie de gramínea altamente prejudicial ao solo, uma encosta queimada por alguém que gosta de ver o cinza ao invés do verde, sentir cheiro de fumaça ao invés do ar puro de uma brisa fresca patrocinada por sombras de árvores, ouvir o silêncio mortal da ausência de vida ao invés de ouvir o canto dos pássaros alegres em um ambiente equilibrado.
E o mais irônico foi me deparar com uma placa  neste cenário desolador que dizia o seguinte:
Proibido caçar e pescar.
Proprieade particular!

Irônico porque os rios e suas margens não são propriedade particular. São áreas de preservação permanente (APP) - Lei 4.771/65. A água é direito de todos e suas margens devem ser preservadas para protegê-la.

É dessa forma que se estabelecem as diferenças sociais. O "poder" dá direito a alguns em explorar sem punição e a humildade faz com que outros vivam sem direito até no que é protegido por lei.

Precisamos de fiscalização mais intensa e rigorosa, e mais uma vez caímos na questão de uma administração pública séria, consciente e participativa.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A Natureza e a Humanidade

Isto sabemos.
Todas as coisas estão ligadas
como o sangue
que une uma família...

Tudo o que acontece com a Terra,
acontece com os filhos da Terra.
O homem não tece a teia da vida;
ele é apenas um fio.
Tudo o que faz à teia,
ele faz a si mesmo.

- TED PERRY, inspirado no Chefe Seatle.

Por que nós, humanos,nos lamentamos com os desastres naturais que causam tanta dor e sofrimento, tirando vidas, e não temos coragem de mudar nossas atitudes, protegendo o ambiente onde vivemos, para evitar tanta tragédia?

A ocupação irregular e insistente de encostas e margens de rios não cessa.

É necessário que o poder público tome atitudes para evitar que essas ocupações continuem acontecendo.PLANEJAMENTO, este é o segredo. Temos que entender que governar sem planejar não é mais permitido. E planejamento se faz em grupo, com participação pública. Ouvindo o que a população pensa e deseja. Discutindo, descobrindo novos caminhos. Organizar a ocupação do solo é dever político. Só assim estaremos dando oportunidades a todos, trabalhando em prol da igualdade social.

Mas não para por aí. E nós cidadãos comuns? Não podemos apenas cobrar ações governamentais. Temos que arregaçar as mangas e agir. Nem tudo é culpa do "governo". Nossas ações são governadas por nós mesmos e é por isso que não conseguimos, ainda, transformar o nosso país. Isso depende de nós.

"Cada criatura", escreveu Goethe, "é apenas uma gradação padronizada (Schattierung) de um grande todo harmonioso."
Retirado de A Teia da Vida - Fritjof Capra

Precisamos ser sacudidos para acordarmos para uma nova realidade. Um exemplo disso foi o que ocorreu em janeiro/2011 na região serrana do Estado do Rio e em várias outras regiões. Estamos sendo sacudidos. Solidariedade não faltou, graças a Deus, mas e consciência ambiental? Quando perceberemos que devemos prevenir e não remediar? Ficar esperando grandes ações é um erro. É das pequenas ações que as grandes surgem, portanto devemos iniciar.


A exemplo de Seatle e Capra: Não possuímos nada. Fazemos parte de um todo. Somos um fio da Teia da Vida.

   
Salvo