terça-feira, 13 de março de 2012

Dicas para trabalhar a questão ambiental na escola.

A todo momento escutamos alguém dizendo que a questão ambiental está em foco. Nunca se falou tanto em "meio ambiente" quanto se tem falado atualmente. Mas a questão é saber definir "meio ambiente" e a partir da definição correta, trabalhar as questões ambientais.
A melhor maneira é iniciar esse trabalho nos anos iniciais da vida do ser humano, na Escola de Ensino Fundamental.
No 1º segmento, nas turmas de 1º ao 5º ano, trabalhar o tema fora de sala de aula, em um jardim, na praia, em uma cachoeira, em uma praça bem arborizada, para que as crianças tenham contato com o ambiente e possam aprender a valorizá-lo. segmento, nas turmas de 6º ao 9º ano, além das aulas de campo, indico alguns filmes muito bons:
  • Avatar
  • Horton e o mundo dos Quem
  • Procurando Nemo
  • Wall-e
  • À margem do lixo (documentário)
  • 9 - A Salvação
É  importante ainda, que a escola possua sua agenda ambiental e o grupo Protetores da Vida ou Vigilantes do Meio Ambiente (VIMA); que a coleta seletiva - nas cidades onde existem as cooperativas - faça parte do dia-a-dia da escola

AS MATAS E OS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS

Os pequenos proprietários rurais estão se conscientizando?

Quando me mudei para Carmo, para todos os lados que olhava via pastos e bois, muitos... Sou apaixonada por uma mata bem desenvolvida onde se pode perceber o equilíbrio, mas o que mais eu via eram pequenas "ilhas" onde poucos animais sofriam com a falta de espaço.
Na época da seca os pastos ardiam com as queimadas - prática muito empregada pelos pecuaristas.
Eu e meu marido compramos uma pequena propriedade e lá também encontrei uma grande área com pastagem, nada de árvores a não ser as frutíferas.
Um pequeno riacho correndo atrás da casa e duas nascentes, completamente desprotegidas pela vegetação. A nascente que servia à casa estava com pouquíssima água, o que logo nos preocupou.
Nos mudamos para este sítio, cercamos as nascentes para o gado não ter acesso e deixamos que a natureza se encarregasse do trabalho de reflorestamento.

Hoje, em torno da casa existe uma quantidade considerável de árvores. A margem do rio no pequeno trecho de nossa propriedade está coberta pela mata ciliar e as nascentes, com seu entorno completamente reflorestado.

O equilíbrio natural retomou o local: Pássaros, orquídeas, bromélias, borboletas, lagartos, e diversos outros répteis reapareceram alegrando o lugar.

Mas todas essas mudanças já eram esperadas, pois trabalhamos para que elas acontecessem. 
O fato intrigante é o que foi acontecendo aos poucos nos arredores, em terras que eram totalmente utilizadas como pastagens - e algumas ainda são. Os proprietários foram, aos poucos, deixando de "roçar" suas terras, e o processo de recuperação natural foi aos poucos acontecendo. Hoje posso observar margeando as estradas, uma densa vegetação - o estágio inicial de recuperação natural de uma mata. Os pastos estão sendo substituidos pelo mesmo tipo de vegetação. Em alguns lugares já posso observar matas fechadas, com uma idade de 10 anos.








Apenas alguns pontos ainda são cobertos por pastagens devido à teimosia de alguns pecuaristas que teimam em obrigar o gado a subir e descer enormes morros (APP), desenvolverem sua musculatura endurecendo a carne e produzindo pouquíssimo leite, devido ao grande gasto energético que possuem.

Mas a questão é:
Se esses proprietários "quase conscientes" resolverem limpar suas terras e reiniciarem a criação de gado, o que será feito pela proteção da mata, do solo, do rio e das nascentes?
Será que os órgãos competentes tomarão alguma atitude?
Ainda hoje, com toda a legislação existente no país e, principalmente no Estado do Rio, a fiscalização é falha.